O sonho de voar foi realizado.
O Aero Clube de Braga proporcionou a experiência a mais de 20 pessoas invisuais, dando asas a um sonho de um dia poder voar sobre a cidade.
A sensação é espetacular. Adorei”, contou Manuel Pinheiro ao ‘Correio do Minho’, minutos depois de pisar solo firme no Aeródromo de Braga.
Trata-se de um projeto de inclusão que ontem teve lugar no aeródromo que proporcionou a mais de 20 invisuais ‘o sonho de voar”.
“Adorei a sensação lá em cima”, contou Elídio, confessando que “é maneira de sair-mos de casa”, tecendo ainda rasgados elogios ao Aero Clube de Braga,e à Associação de Apoio aos Deficientes Visuais do Distrito de Braga que lhes proporcionaram esta experiência.
O sonho de voar acessível a todos
“É uma sensação fantástica. Apesar do vento que causou um momento de turbulência que arrepiou um bocado. É evidente para quem não vê é uma sensação um pouco de medo, mas como eu ia bem acompanhado senti-me seguro”, contou Domingos Silva, presidente da Associação de Deficientes do Distrito de Braga, confessando que gostaria de repetir a experiência, mas de preferência “sem turbulência”.
Visivelmente emocionado estava Cruz Costa, piloto e presidente do Aero Clube de Braga. “Uma excelente experiência e a repetir”, contou Cruz Costa que descreveu a experiência com Domingos Silva como algo “verdadeiramente especial. O Domingos tinha expressões durante o voo que quase faziam chorar. A alegria no rosto dele foi fantástica. Tenho a certeza que ele vai ficar fã de aviões”, gracejou, realçando que “gostávamos muito de repetir esta experiência com estas pessoas. Nós desenvolvemos várias ações de inclusão social e quereremos que sirvam de exemplo para outras instituições”.
A apoiar o batismo de voo deste grupo de invisuais esteve Sameiro Araújo, vereadora da Câmara Municipal de Braga, que salientou a importância destas experiências, louvando a iniciativa do Aero Clube de Braga. “São experiências únicas para esta população. São iniciativas que aproximam os clubes à comunidade e são também motivo para que outras instituições com outras valências também se abram de outra forma à comunidade para que, efetivamente, consigamos incluir todos, demonstrando que somos todos iguais com as diferenças de cada um e todos devemos ter as mesmas oportunidades”, vincou.
in Antena Minho